Segundo projeções oficiais, o índice recuou de 38,3% para 27,5% — o menor nível desde 2018. Para se ter ideia, a pobreza estava estava em 54,8% no começo de 2024.
Outro indicador da melhora da qualidade de vida dos mais pobres é que milhões de argentinos deixaram a linha da fome extrema em pouco mais de um ano.
A parcela da população que não tinha renda suficiente para comprar uma cesta básica caiu de 20% no começo de 2024 para 5,4% agora.
O que explica essa virada?
O principal fator é a queda da inflação. Quando Milei assumiu, o país flertava com a hiperinflação, tinha déficit elevado, múltiplos câmbios e uma moeda desacreditada. O governo apostou em um ajuste fiscal e monetário duro — e os efeitos começaram a aparecer no bolso.
Com preços mais estáveis, a renda passou a cobrir a cesta básica com mais facilidade.
(Imagem: eLEconomista)
O alívio social ocorre no mesmo momento em que a economia dá sinais de retomada. O PIB cresceu 3,3% no 3° trimestre, e a expectativa do governo é terminar o ano com um crescimento acima dos 5%.
De maneira metafórica, é como se a Argentina desse indícios de que está “saindo da UTI”, com projeções claras de um futuro otimista e promissor. Resta saber se isso realmente vai se concretizar.