Talvez você se lembre da época em que o custo de viajar se limitava ao preço da passagem. O restante — bagagens despachadas, escolha de assentos e até lanchinhos — já vinha incluso.
“Bons tempos que não voltam mais”. Uma polêmica está gerando debate, depois que as principais companhias brasileiras anunciaram uma nova modalidade de tarifa “básica”, que não inclui a mala de mão de 10 kg.
Nessa categoria, o passageiro só pode levar um item pessoal, como mochila ou bolsa. Se quiser levar mais bagagem, vai precisar pagar.
Segundo as empresas, o objetivo é padronizar o embarque e reduzir atrasos causados pelo excesso de bagagens na cabine — aquele tumulto antes do voo de todos tentando achar um espaço para a mala.
Na prática, é como se as companhias estivessem adotando a opção de modolow cost, em que tarifas mais baratas incluem menos benefícios, e em que cada serviço extra é cobrado à parte.
Só que o novo modelo não está agradando…
O presidente da Câmara, Hugo Motta, classificou a medida como “abuso” e prometeu votar com urgência um projeto de lei que proíbe cobranças adicionais pela bagagem de mão.
O texto propõe que os passageiros possam levar gratuitamente uma mala de até 10 kg e um item pessoal, tanto em voos domésticos quanto internacionais.