No início desta semana, a notícia das saídas da Gol e do Banco Pan da Bolsa Brasileira evidenciou que esse não é um movimento isolado — e os números comprovam isso.
Somente em 2025, 14 empresas deixaram a B3, passando de 439 para 425 companhias listadas, fenômeno que acende uma escassez de capital e de apetite dos investidores na renda variável.
Desde 2021, quando o Nubank fez o último IPO relevante, o Brasil vive uma seca de novas ofertas;
No mesmo período, 42 operações de fechamento de capital foram registradas — um total de R$ 17 bilhões em valor de mercado.
Alguns dos motivos são juros altos, baixa liquidez e pouca confiança no ambiente regulatório, fatores que tornam a Bolsa BR menos atraente. No fim, o mercado fica com ainda menos alternativas para quem busca investir por aqui.
O lema back to basics virou rotina
Além das saídas, várias companhias estão recuando em suas estratégias de expansão. Grupos como SBF (dona da Centauro), Dasa, Oncoclínicas e GPA estão cortando frentes que não são “core” para tracionar suas operações que trazem mais retorno.
Esse movimento parece ser uma tentativa de sobrevivência financeira em um ambiente de crédito caro e margens apertadas — e reforça um sentimento de que o mercado corporativo brasileiro está encolhendo.