O governador Cláudio Castro criou um grupo de trabalho para elaborar estudos que avaliem os impactos na economia fluminense em função das taxas de exportação de 50% anunciadas na semana passada pelo governo dos Estados Unidos ao Brasil. O grupo foi instituído por decreto publicado na edição extraordinária do Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (16.7).

Com a medida, o Governo do Estado terá um diagnóstico real de como os setores econômicos do Estado serão atingidos e quais medidas poderão ser tomadas para atenuar os efeitos do chamado “tarifaço”, previsto para entrar em vigor em agosto.

— O Rio de Janeiro é o segundo maior estado exportador para os EUA, especialmente petróleo refinado e semimanufaturados de ferro e aço. No ano passado, foram U$ 7,4 bilhões em produtos vendidos para aquele país. Com os estudos do grupo de trabalho, vamos não só avaliar os efeitos dessa medida na economia fluminense, mas também criar formas e meios de minimizar os impactos causados para o Rio de Janeiro. Precisamos montar uma força-tarefa para avaliar os prejuízos e proteger nossas empresas - anunciou o governador.

O Grupo de Trabalho Executivo será presidido pela Secretaria da Casa Civil e composto pelas secretarias do Gabinete do Governador, Planejamento e Gestão, Fazenda, Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços e de Energia e Economia do Mar.

Para fazer as avaliações do impacto da tarifa sobre exportações brasileiras, o grupo de trabalho também convidará instituições representativas do setor produtivo do Estado do Rio, que apresentarão seus diagnósticos e darão sugestões para elaboração de um plano de ação.

— Este diagnóstico é fundamental para que possamos conhecer a fundo os efeitos desta medida imposta pelo governo americano. A partir destes estudos poderemos pensar em estratégias que possam reduzir este impacto e criar uma rede de proteção para a economia do RJ – explicou o secretário de Estado da Casa Civil, Nicola Miccione, que vai presidir o grupo.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Fernanda Curdi, explica que as reuniões setoriais já estão sendo agendadas, assim como encontros com as empresas mais atingidas.

— Essa iniciativa demonstra o compromisso do Governo em dialogar e oferecer suporte ao setor produtivo, visando a estabilidade econômica local — disse ela.

fonte: secom