Um culto inter-religioso vai marcar a abertura do Novembro Negro, nesta sexta-feira (1º), em Campos. O evento, que vai contar com a participação de representantes de diferentes religiões, está marcado para às 10h, na sede da Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos, no Centro. Entre os representantes das diversas religiões, participam a chefe de terreiro Mãe Cris Raquel Marcolino (visão umbandista); padre Márcio André Ribeiro (visão católica); expositora Michelle Nunes (visão espírita kardecista); mestre Thiago Dayvison (visão maçônica); iyálorìṣa Lucieny ty Mègjí (visão candomblecista); e pastor Leon Gomes (visão cristã protestante).
Para o subsecretário de Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gilberto Totinho, a abertura do Novembro Negro com o culto inter-religioso é um convite para a reflexão e o compromisso de apoio às práticas religiosas e espirituais.
“O evento não apenas celebra a diversidade religiosa, mas também reafirma a importância da liberdade religiosa, um direito garantido pela Constituição. Será um momento de união, comunhão e respeito entre diferentes crenças, simbolizando a resistência e a solidariedade histórica do povo negro e sua diversidade religiosa”, disse o subsecretário.
Também na abertura do Novembro Negro, nesta sexta, será inaugurado na sede da SIRDH o Espaço Multicultural Jornalista Jorge Luiz Pereira dos Santos, o Jorginho, que morreu em 2019, aos 58 anos, e já atuou como presidente da antiga Fundação Zumbi dos Palmares. Será inaugurada, ainda, a Galeria de Gestores da Promoção da Igualdade Racial do Município.
A programação do Novembro Negro se estenderá por todo o mês com diversos cursos, como o “Afrocentricidade”, que abordará os elementos culturais e históricos que resultem em uma educação que enfatize mudanças epistemológicas e políticas nas relações étnico-raciais.
“O mês da consciência negra representa um marco na valorização da resistência do povo negro, celebrando e rememorando a sua luta contra a opressão sofrida desde a colonização brasileira, período da formação da sociedade do país, tendo como contributivo a diáspora Africana pela qual recebemos diversos aspectos que influenciam a cultura brasileira, como na dança, na culinária, na música, na religião, na linguagem. Ou seja, além da sua força de trabalho, os africanos escravizados trouxeram tradições distintas e de diversas etnias”, finalizou Totinho.
fonte: secom